A minha história com a Geometria Sagrada não começou como um projeto… começou como um resgate.

Durante anos, eu carregava uma inquietação difícil de explicar. Era como se algo estivesse fora do lugar — não lá fora, mas dentro. Eu via as pessoas correndo atrás de metas, títulos, promessas. Eu mesmo segui esse caminho por um tempo, mas algo sempre parecia faltar. Havia um buraco. Um silêncio. Um não-dito.

Em meio a estes questionamentos existenciais, busquei por algo que pudesse explicar, não apenas o mundo ao meu redor, mas os ritmos internos que regem nossa consciência, nossos ciclos e nossa realidade.

Foi num momento voraz de busca para preencher este vazio que encontrei a Geometria Sagrada… ou talvez tenha sido encontrado por ela.

Como se um véu tivesse sido removido, percebi que por trás de toda forma, som, estrutura e acontecimento, havia um código. Uma linguagem que une ciência, arte, natureza e espírito. Aquilo fez sentido em um nível que não era apenas intelectual — era visceral. Tocava algo profundo em mim.

Na época, eu não tinha palavras para definir o que senti. Só sei que, ao ver aqueles padrões, algo em mim se abriu. Era como se eu tivesse reencontrado uma linguagem que já conhecia, mas havia esquecido. Uma sensação de que, enfim, as peças começavam a se encaixar. Eu tive a maior epifania da minha vida inteira. Me emocionei de alívio, de deslumbramento, de reconhecimento. Me emocionei porque, naquele instante, percebi que não estava perdido. Estava recordando.

A Geometria Sagrada me devolveu algo que eu nem sabia que tinha perdido: a conexão com a ordem da vida.

E isso despertou uma vontade incontrolável de compartilhar.

Comecei estudando obsessivamente. Dias e noites mergulhado em livros, documentários, cursos, artigos, imagens, cálculos, traduções, cruzando culturas, tradições, símbolos. Sentia que estava decodificando o código da existência, e isso me dava um senso de propósito que nenhuma outra coisa havia me dado.

Nos três primeiros anos, compartilhei tudo isso em anonimato. Criava textos e séries de conteúdos com um cuidado devocional. A decisão de não associar meu nome e minha imagem foi intencional: queria proteger a pureza da mensagem de qualquer julgamento externo sobre mim. Queria que a beleza do conhecimento chegasse às pessoas sem filtros, sem julgamentos, sem ruídos. Naquele tempo, poucos sabiam quem estava por trás daquele fluxo de conteúdo que misturava proporções matemáticas, tradições milenares, física e filosofia com arte e alma. Nem meus amigos sabiam que era eu.

Mas o universo tem seus próprios planos…

Conforme o alcance crescia, eu recebia mais e mais mensagens. Pessoas do mundo inteiro escrevendo, dizendo que algo nelas havia despertado. Que se sentiam tocadas, transformadas e gratas pelo que eu estava fazendo. Pediam aulas, queriam aprender, queriam aprofundar.

Ficou claro que aquilo não era mais apenas um canal. Era um movimento em expansão. Um campo de ressonância global. O que era silencioso, se tornou coletivo. E que para honrar isso, eu precisaria sair das sombras e colocar minha voz a serviço.

Foi quando a Geometria Sagrada se tornou minha missão de vida.

Criei metodologias, cursos, escrevi artigos, construí práticas. Fundei o Fractal Science Institute, junto ao pesquisador Gabriel Lyrio, e dali surgiram métodos que unem geometria, ciência, espiritualidade, filosofia, neurociência e tradição. Tudo com um único objetivo: ajudar as pessoas a se recordarem de quem são e do que podem manifestar.

A missão ficou clara: ensinar, simplificar e ativar. Não apenas oferecer teoria, mas entregar chaves práticas para que as pessoas pudessem viver a Geometria Sagrada — na sua respiração, nos seus relacionamentos, nos seus espaços, no seu propósito e em seus processos de manifestação.

Esse trabalho abriu portas inesperadas.

Recebi o convite para integrar o grupo de pesquisa do polímata Robert Edward Grant, realizei traduções, eventos, projetos e fui convidado para duas expedições de campo no Egito, onde palestrei a bordo de um navio no Nilo, navegando sobre as mesmas águas que um dia cruzaram os iniciados de outrora.

Participei de congressos internacionais como o CINGS, ao lado de pesquisadores como Nassim Haramein e Dan Winter. Organizei e palestrei no 3º Congresso Internacional de Geometria Sagrada, BioArquitetura e Bem-estar, junto aos arquitetos Arturo Ponce de León e Lydia de León.

Mais recentemente, lancei o livro O Mapa Iniciático da Geometria Sagrada, como um guia prático para quem deseja vivenciar esses conhecimentos no cotidiano. Uma obra para quem busca mais do que teoria. Para quem deseja transformar percepção em prática, e alinhar seus ciclos, escolhas e manifestações aos princípios harmônicos que sustentam toda a criação.

Hoje, o canal Geometria Sagrada é um dos maiores portais do mundo sobre o tema, com versões em português, inglês e espanhol, e um alcance orgânico de mais de 1,8 milhões de pessoas, inspirando outros canais, artistas, professores, terapeutas e buscadores. Colaborei com softwares, tecnologias, obras de arte e experiências sensoriais carregadas de significados profundos e geometrias funcionais. E tudo isso só confirma uma coisa: a sinergia está acontecendo.

Apesar de tudo isso, o caminho nunca foi fácil. Foram incontáveis noites em claro escrevendo, buscando fontes confiáveis, traduzindo textos, organizando pensamentos complexos em formatos simples e acessíveis. Abrir trilhas onde ainda não há pegadas exige firmeza. Sustentar um trabalho com tamanha responsabilidade, sem patrocínios, requer um investimento constante de tempo, energia e recursos — inclusive emocionais. Houve dúvidas, resistências internas, desafios técnicos, limitações externas e, claro, as batalhas invisíveis que todos enfrentamos no caminho do autoconhecimento. Mas em cada dificuldade, eu me lembrei do porquê comecei. E foi essa paixão, esse senso de propósito, que manteve viva a chama mesmo nos dias mais difíceis.

Mas o mais importante não é o que eu fiz. É o que está sendo cultivado coletivamente.

Porque no fundo, este caminho não é sobre mim. É sobre nós. Sobre todos aqueles que sentem, de maneira sutil e silenciosa, que há uma ordem por trás do aparente caos. Sobre quem reconhece na beleza uma linguagem, uma assinatura da inteligência cósmica. Sobre quem deseja uma vida com mais sentido, mais presença e mais conexão.

É para aqueles que anseiam por reconectar ciência e espiritualidade, forma e essência, prosperidade e propósito — e sabem que isso começa dentro.

É por isso que criei também uma Comunidade no WhatsApp, que todos podem acessar gratuitamente, onde compartilhamos conteúdos, práticas e experiências para quem quer ir além da superfície e se alinhar com o que há de mais essencial.

Esse é um chamado para quem quer recordar. Para quem está pronto para deixar de sobreviver no piloto automático e começar a viver em sinergia com a ordem natural da existência.

Aqui, a Geometria não é só estudo. É prática. É estilo de vida.
É uma forma de pensar, sentir, respirar, amar, cocriar.
É uma forma de ver o invisível e tornar sagrado o ordinário.

Aqui, não existe um mestre a ser seguido, mas um espelho a ser reconhecido.
E uma geometria viva, esperando para se revelar em você.

Com gratidão, presença e propósito,

Tiago Braga
Em serviço e amor à ordem natural da vida